Páscoa

Queridos leitores,
hoje vou-me afastar de Tavarede (em pensamento, obviamente) e da SIT, e vou responder a um desafio que me foi colocado. Vou falar da Páscoa.
Todos estamos habituados ao requinte de beber um bom café com um pequenino chocolate, mas por que não experimentar "Cházinho de Limonete" com chocolate, já que estamos na época dele? A crise instala-se um pouco por toda a parte, mas penso que ninguém resiste nem que seja a uma amêndoa só. Eu não me contento com uma só, não...Mas adiante, não estou aqui para falar da minha gulodice, senão nunca mais daqui saímos.
Todos sabemos (ou, pelo menos, deveríamos) que a Páscoa é a celebração da ressurreição de Jesus Cristo, ou seja, é uma festa religiosa. No entanto, hoje em dia já quase ninguém liga a isso e são poucos aqueles que celebram a Páscoa com esse intuito.
Pessoalmente, a Páscoa não me diz nada, apesar de ser católica. Há aquelas pessoas, maioritariamente crianças e jovens, que esperam pela Páscoa para receber o folar dos padrinhos,mas não é esse o meu caso. Há aqueles que a esperam para fazer um grande almoço com a família, o que também não se aplica a mim. E, finalmente, há aqueles que a usam como pretexto para engordar uns quilinhos, ou seja, para comer chocolate até não poder mais - talvez seja esta a opção com que mais me identifico, apesar de não precisar da Páscoa para comer doces.





Mas por que comemos ovos, coelhos, amêndoas e o tradicional folar? Por que não são outros os símbolos?
Com base no artigo "Quando o marketing supera a fé", pág.27 do caderno de Economia do Jornal "Expresso" do último Sábado, dia 4 de Abril, vou dar-vos a resposta.

O Folar: Este hábito está ligado ao pão que Jesus partilhou com os discípulos na Última Ceia. O ovo cozido com casca representa a Ressurreição de Jesus.


Os Ovos: Esta tradição tem origem na China e, mais tarde, chegou ao Egpto. Os ovos eram embrulhados com casca de cebola, posteriormente cozinhados com beterraba. Hoje em dia, representam a Ressurreição. A passagem para o chocolate pode ter duas explicações: há quem justifique com a Igreja e a proibição do consumo de carne, ovos e derivados de leite durante a Quaresma; também pode ser justificado pela necessidade de afirmação da indústria chocolateira, aquando do seu surgimento.

O Coelho: A tradição surgiu nos EUA, levada por emigrantes alemães, em meados do séc. XVIII. As lendas dizem que havia um coelho que escondia ovos no Domingo de Páscoa para as crianças os procurarem ou que um coelho roubou ovos pintados que estavam escondidos num ninho. Porém, a explicação mais verdadeira é a enorme fertilidade dos coelhos na Primavera, que coincide com a data da Ressurreição de Cristo. De acordo com a História, no Antigo Egipto, o coelho simbolizava o nascimento de uma nova vida e, por isso, era considerado por alguns povos da Antiguidade o símbolo da Lua. Como a data da Páscoa é determinada pela Lua, há quem defenda que foi daí que surgiu esta tradição.

As amêndoas: Simbolizam a alegria pascal e apelam à partilha e à paz. A tradição vem do Antigo Testamento, de onde se retira que eram cultivadas pelos Gregos e apreciadas pelos Romanos, numa versão com açúcar. Na altura eram apenas consumidas em banquetes, devido ao seu elevado custo e, mais tarde, começaram a ser oferecidas para serem partilhadas com família. A cor dependia da celebração em causa.

E, com isto, resta-me desejar-vos uma excelente Páscoa, com MUITOOOOOOOOOOOOOOOOOOS chocolates (esqueçam a crise por uns momentos)!


P.S.: Obrigada à pessoa que me deu mote para este 'post'!